“Impairment” – Reconhecimento da Perda e Evidenciação das Cias. Vale e CESP (2008)

O teste de impairment consiste em avaliar se o valor contábil de um ativo é efetivamente recuperável. Este teste é uma novidade e obrigatório conforme a atual legislação societária brasileira. Consiste em analisar se um ativo está registrado a um valor maior que o seu valor recuperável e alterar o registro contábil, com valor a ser baixado diretamente no resultado e a constituição de provisão para perda por desvalorização do ativo. Presume-se que as empresas devem evidenciar todas as informações relevantes e necessárias ao entendimento das Demonstrações Contábeis, que devem ser elaboradas com características que as qualificam como claras e transparentes, com o objetivo a atender os usuários das informações contábeis. Assim, o presente artigo verifica os impactos decorrentes da utilização do teste de impaiment, em 2008, nas Notas Explicativas das Demonstrações Contábeis das companhias Vale do Rio Doce e Companhia Energética de São Paulo. O objetivo principal é o de verificar a aplicação do teste de impairment aos ativos, por meio das Demonstrações Contábeis de duas empresas de capital aberto. Objetiva-se também: analisar os impactos do pronunciamento técnico Redução ao Valor Recuperável do Ativo (CPC 01); mostrar o impacto do referido teste em setor e ramos de negócio distintos; e evidenciar uma adequação do teste e a as informações prestadas em notas explicativas. Os resultados revelam que, nas duas companhias analisadas, houve grande impacto da perda por desvalorização de ativos decorrentes do teste de impaiment. No caso da Vale, a perda ocorreu em função de um bem intangível: o ágio com expectativa de rentabilidade futura, enquanto que na CESP, a desvalorização foi de um bem tangível: uma de suas usinas. Foram constatadas diferenças significativas quanto ao grau de evidenciação para a melhoria na compreensão da informação contábil decorrente do teste de impaiment